quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Esquerda Europeia do Século XXI

Encaramos como desafios da esquerda europeia no início do Século XXI:

  • A democratização dos mercados através da redução de custos de entrada e de saída e da promoção da mobilidade empresarial;
  • O combate à desigualdade social suportado em politicas fiscais que promovam a progressividade fiscal indo para alem do estrito combate à pobreza;
  • A garantia da sustentabilidade do Estado Social, perante os novos desafios demográficos, através da promoção da eficiência, da estabilidade das fontes de financiamento e na salvaguarda do interesse público, quando confrontado com os interesses corporativos particulares;
  • A defesa em absoluto das aquisições civilizacionais fundamentais que possam por em causa a construção de uma Europa cosmopolita, ameaçada pelo renascimento de nacionalismos e paixões xenófobas e racistas;
  • A construção de uma alternativa de esquerda ao nível europeu.

Assim, propõe-se a defesa de uma Europa que lidere o aprofundamento dos direitos sociais e da democracia no mundo, através das seguintes medidas:

  • A garantia da sustentabilidade das finanças públicas sem sacrificar o investimento público e o estado social;
  • A criação de um governo económico europeu reforçando o orçamento comunitário e criação de “eurobonds” destinados a financiar projectos de investimento e desenvolver politicas de estabilização macroeconómica de âmbito federal;
  • O reforço dos mecanismos de controlo democrático das instituições europeias;
  • A reforma da supervisão do sector financeiro, com criação de Agencias de rating europeias;
  • O aumento de recursos próprios da UE, através da criação de um imposto europeu sobre transacções financeiras;
  • O reforço das politicas europeias de harmonização fiscal, ambiental e social em detrimento da liberalização e da desregulação;
  • O combate aos paraísos fiscais e à evasão fiscal;
  • A valorização do movimento sindical europeu;
  • A suspensão a curto prazo da comparticipação nacional na aplicação de fundos europeus durante o período de resgate;

Modernização do Partido Socialista e preparação dos próximos períodos eleitorais

Pretendemos o Reforço da implantação social do PS e abertura do partido à sociedade através dos seguintes vectores:
  • Realização de eleições primárias, abertas a simpatizantes registados para o efeito, a implementar na escolha dos candidatos para as próximas eleições autárquicas;
  • Construção de espaços de reflexão abertos a todos os portugueses que defendem o progresso social nas universidades, nos movimentos sindicais, nas redes e nos movimentos sociais
  • Realização de uma convenção da esquerda democrática até final de 2013 com o objectivo de apresentar o programa do PS para a próxima década;
  • Gabinete de estudos funcionando de forma profissionalizada composto por especialistas, gentes e activistas nos vários domínios dispostos a trabalhar nas politicas sectoriais para os próximos anos, bem como com atribuições na recolha e sistematização de informação detalhada sobre o trabalho o realizado anteriormente; as politicas do novo governo e as politicas ao nível europeu.
  • Definição de uma estratégia sindical, incluindo o Coordenador da Tendência Sindical Socialista, por inerência no Secretariado Nacional.
  • O secretariado Nacional do PS deve possuir um interlocutor junto dos movimentos sociais e das novas formas de intervenção cívica, responsáveis por conquistas significativas no passado recente como os movimentos LGBT, a defesa dos interessas das mulheres das minorias étnicas, etc.
  • Reforçar a influência do PS no Partido Socialista Europeu, através da participação de militantes nos “PES Activists” bem como através do aumento da influência dos socialistas portugueses no parlamento europeu, na agenda e na estrutura do PS, sendo de considerar a realização de uma conferencia europeia anual e a participação regular nas reuniões do grupo parlamentar na AR;
  • Reforço da proximidade do secretariado nacional às estruturas de base, ainda que sejam necessárias transformações ao nível da organização em torno das secções de residência, temáticas e de acção sectorial.
  • Integração da Juventude socialista na definição das politicas para a Juventude;
  • Reforço da Acção das mulheres socialistas de modo a concretizar o objectivo de um secretariado com o mesmo número de homens e mulheres. Definir um modelo de funcionamento do partido mais adequado à conciliação da vida familiar com a vida partidária.

Compromissos e valores na liderança da oposição

A oposição deve ser merecedora do respeito pelo mandato concedido pelos Portugueses ao PS: uma oposição clara mas respeitadora dos compromissos assumidos.

  • Uma oposição centrada no estado social onde se incluem os serviços públicos de saúde;
  • Uma oposição comprometida com a educação e com a segurança social públicas,
  • Uma oposição balizada pelos compromissos assumidos no acordo com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, que não obrigam a abdicar do princípio da justa causa nos despedimentos e a alinhar com a privatização da televisão pública e das Aguas de Portugal.
  • Uma oposição disponível também para apontar as melhores soluções para a renovação de Portugal e da Europa.
  • Uma oposição disponível e pronta para apresentar propostas destinadas a promover:
    • A qualidade de vida das classes médias e a igualdade de oportunidades;
    • A economia;
    • O emprego;
    • A criatividade;
    • As cidades;
    • Os serviços públicos de qualidade.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Jantar de apoio a Francisco Assis

Prezad@(o) Camarada,

Vai realizar-se um jantar no âmbito da campanha eleitoral para Secretário-geral do Partido Socialista terça-feira 19/07/2011, pelas 20H00, no restaurante “ Filipe” em Sebal – Condeixa-a-Nova, com a presença dos camaradas: João Rui Almeida, Mandatário da Candidatura, Paulo Valério, Director distrital da Campanha e candidatos a delegados ao Congresso por Condeixa.

O preço por pessoa é de 10€ e as inscrições podem ser feitas para:
Telemóvel: 966346649 – Liduíno Borges + 919431350 - Mário Miguel
917284568 – João Leal
E-mail: condeixacomassis@gmail.com

As inscrições podem ser feitas até às 20H00 do dia 18/07/2011.

Contamos consigo
João Leal

quinta-feira, 14 de julho de 2011

António Arnaut apoia Francisco Assis


Com a mesma convicção de quando, pela primeira vez, se envolveu na vida política. Foi assim que António Arnaut caracterizou, na passada quarta-feira, o seu empenho no apoio a Francico Assis, quebrando um compromisso de há muitos anos e participando activamente numa campanha interna ao Partido Socialista.

Num discurso longo e emocionado, o fundador e militante nº4 do Partido Socialista revisitou as razões do seu apoio ao ex-lider parlamentar.

Para Arnaut, "na actual conjuntura, perante a arrogância da direita, as arremetidas do capitalismo especulativo e a anemia da Internacional Socialista, o PS pode assumir-se como o arauto dos grandes valores da esquerda democrática e revigorar o humanismo socialista: fazer da politica uma ética ao serviço da libertação e da dignidade do Homem, da igualdade efectiva de direitos e da justiça social. Para tanto, precisa de ter um líder culto, inteligente, combativo e com grande capacidade de argumentação." Refere o histórico socialista que, "nos tempos que vivemos não é apenas necessário o diálogo democrático, mas é também imperioso a firmeza de convicções na defesa do Estado Social, do Serviço Nacional de Saúde e da Constituição da República para aglutinar os socialistas dispersos ou desiludidos, enfrentar os adversários e mostrar aos portugueses o caminho para um futuro melhor."

Arnaut defendeu, igualmente, a necessidade de o PS se abrir à sociedade, convocando a proposta de eleições primárias como um passo importante, nesse sentido.

O encontro, que juntou socialistas há muito afastados da vida partidária activa, contou ainda com a presença de João Rui de Almeida, mandatário da candidatura e, entre outros, Manuel da Costa, Telles Grilo, Mário Campos, João Paulo Almeida e Sousa, Emanuel Vieira Alberto, Rui Namorado, Américo Figueiredo, João Silva, Carlos Teixeira, Miguel Ventura, Liduino Borges, João Filipe Leal, Moura e Sá, João Pedro Pimentel, Fernanda Campos, Pedro Bingre, Sousa Domingues ou Osório Gomes.

sábado, 9 de julho de 2011

Estado de Amnésia no PS

João Rui Gaspar de Almeida
Mandatário da Candidatura de Francisco Assis.
Após a derrota eleitoral do PS, muitos dirigentes nacionais e distritais entraram em estado de amnésia, varrendo-se-lhes da memória o apoio entusiástico a Sócrates e ao seu Governo. Esqueceram já, que apoiaram apoteoticamente Sócrates num ambiente eufórico nunca visto num Congresso, dando-lhe uma vitória esmagadora para Secretário-geral, e um apoio incondicional á política governamental. O grupo parlamentar e todos os órgãos nacionais e distritais, sempre manifestaram um claro e inequívoco apoio nos momentos difíceis que atravessámos.

De um dia para o outro, instalou-se um verdadeiro estado de amnésia na classe dirigente do PS, esqueceram todos os apoios com que estavam comprometidos, e passaram a responsabilizar aqueles que estiveram na frente do combate, pela derrota eleitoral. Este estado de amnésia e de desresponsabilização coincidiu com o início da campanha eleitoral para um novo Secretário-Geral do PS, pois passou a ser frequente ver em artigos de jornais e nas redes sociais, dirigentes nacionais e locais do PS a sacudirem a sua co-responsabilidade pela derrota do PS. A derrota não foi só de Sócrates, a derrota foi também do PS enquanto organização partidária no seu todo.

Por isso custa aceitar que, muitos militantes já tenham feito a sua opção, baseada no argumento – Francisco Assis está mais “conotado” com o passado recente da derrota do PS nas eleições !! Esta é a justificação para o seu apoio a António José Seguro, pois consideram que não está tão “conotado” com a derrota do PS!!

Considero este argumento inaceitável, porque Todos (com mais ou menos responsabilidade) estão, ou deviam estar “conotados” e portanto co-responsáveis pela derrota eleitoral – Governo; Deputados (mesmo aqueles que se esconderam atrás do biombo); membros dos Órgãos Nacionais e Distritais/Federações.

Exerci durante muitos anos vários lugares de responsabilidade no PS, neste momento sou apenas um militante de base que voltou à medicina, e digo isto porque exijo ser “conotado” e co-responsabilizado na derrota do PS, quero ter essa honra porque também apoiei o PS, o Governo e Sócrates. A solidariedade é um pilar fundamental dos partidos de esquerda.

Conheço e sou amigo do A.J. Seguro há muitos anos, mas confesso que não gostei da sua estratégia de presente/ausente e de distanciamento calculado que vem gerindo há anos, efectuando frequentes contactos com as estruturas do partido para preparar a sua candidatura a Secretário-Geral. Decidi assim apoiar F. Assis por várias razões: porque não fugiu ao combate, pelo contrário, foi um combatente vigoroso na primeira fila do Grupo Parlamentar; porque estou convicto que reúne melhores condições pessoais e políticas para responder com firmeza aos desafios que se aproximam; porque passou a existir mais uma candidatura reforçando a democracia interna e o debate de ideias e finalmente, porque Francisco Assis é portador de novos e ambiciosos desafios para o PS e para Portugal. Acredito que vai ser uma boa campanha e que o PS vai viver um momento, da sua vida histórica, muito positivo. Do lado da candidatura de Francisco Assis esperem uma campanha pela positiva. A FORÇA DAS IDEIAS.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Carta de francisco Assis

Cara(o) Camarada,

Candidato-me a Secretário-Geral do Partido Socialista porque quero continuar a servir o nosso partido como sempre o tenho servido, com lealdade aos nossos valores e com a responsabilidade de os saber colocar ao serviço de Portugal.

Esta é a candidatura da mudança, mas também é uma candidatura de continuidade.

De continuidade, porque assumo integralmente toda a história e todo o património político, ético e humano do PS. Faço-o com muito orgulho e sem nenhum tipo de complexo. O meu partido é o partido de Mário Soares, Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Ferro Rodrigues e de José Sócrates, e de todas e todos os camaradas que fizeram e fazem do PS o partido referencial da Democracia portuguesa.

Mas esta é a candidatura da mudança, porque conta com todos os militantes para construir os caminhos do futuro. Teremos de fazer as rupturas necessárias e as inovações indispensáveis, para que o PS volte a receber a confiança maioritária dos portugueses. Não temos um caminho fácil, mas garanto um PS com uma liderança firme, responsável e audaz.

Não sou um predestinado, nem passei anos a preparar a minha candidatura. Os socialistas conhecem-me e sabem que sempre fui solidário. Nunca me refugiei ao longo destes anos em qualquer tipo de distanciamento táctico ou em calculismos de nenhuma espécie. Tenho um percurso político de disponibilidade total ao PS. Fui autarca, deputado europeu, sou deputado à Assembleia da República. Dei sempre a cara pelo PS e pelas nossas causas, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, como nos últimos anos, na liderança do grupo parlamentar.

Perdemos as últimas eleições legislativas e temos de reflectir sobre as causas dessa derrota, não para responsabilizar quem quer que seja, mas para tirarmos as devidas ilações. É verdade que a situação económica internacional tem feito com que todos os partidos dos Governos da Europa percam as eleições que se vão realizando. Mas também sabemos – há que assumi-lo com frontalidade -que se quebrou a relação de confiança entre o PS e a sociedade portuguesa.

Temos de voltar a estabelecer essa relação de confiança e apresentar-nos como uma alternativa. Isso não se faz com um estalar de dedos ou a simples mudança de líder. Isso faz-se com reflexão, com responsabilidade, com muito trabalho, com exigência, mas também com abertura. O PS precisa de voltar a estar com os sectores mais dinâmicos da nossa sociedade e não se fechar sobre si próprio.

A militância, como sabemos, é o grande património activo do PS, e todos nós, socialistas, sabemos bem que quando a nossa militância é aberta à sociedade, o PS enriquece-se e torna-se mais forte. Esta postura requer de nós audácia, mas é a grande tradutora da forma como o PS e os seus militantes colocam sempre os interesses gerais à frente dos interesses individuais ou particulares.

São vários e complexos os desafios que temos pela frente, mas há um desafio que temos em comum com toda a Esquerda europeia. Hoje, a nossa família política, que já foi predominante na Europa, tem uma expressão muito reduzida nas governações nacionais. O PS, o partido do Governo que deu à União Europeia a Agenda de Lisboa e o Tratado de Lisboa, deverá assumir um papel relevante nesse esforço de refundação do pensamento e do programa da Esquerda em toda a Europa. Nós temos essa capacidade e os europeus reconhecem-nos essa competência. Precisamos reflectir sobre o que se tem passado, para construir um projecto de futuro.

A solução, estamos certos, passa por mais Europa, mais integração e mais solidariedade entre os povos europeus, ao invés dos egoísmos nacionais predominantes. Há que reconhecer que a União Europeia não tem estado à altura dos desafios para lidar com estes tempos difíceis. Estaremos muito activos neste combate. Não aceitamos nem nos conformamos com o liberalismo e o neo-liberalismo como uma solução final para a Europa, porque nós não queremos o fim da Europa, queremos uma Europa forte, unida e ao serviço de todos os europeus.

Os socialistas portugueses nunca viraram a cara à luta ou às dificuldades. Saberemos ir reconstruindo a relação de confiança com os portugueses de forma a voltarmos a apresentar-nos como alternativa credível e responsável.

Uma etapa importante desse processo serão as autárquicas de 2013. O PS deve começar a preparar estas eleições sem demoras, até pelas circunstâncias muito especiais, uma vez que vão exigir uma grande renovação de quadros, dados os últimos mandatos de muitos Presidentes de Câmara ainda em exercício. É uma tarefa para a qual nos devemos mobilizar desde já, permitindo aos nossos candidatos trabalharem com vista a obtermos uma grande vitória nas eleições autárquicas, pois as autárquicas devem representar uma grande alavanca para construir a alternativa política com que nos apresentaremos em 2015 ao juízo dos portugueses.

Todos somos precisos neste difícil momento. Conto consigo!

Um abraço amigo,
Francisco Assis

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um mau prenúncio

Num texto divulgado aos militantes socialistas, António José Seguro “expressa opinião sobre extinção de concelhos em carta escrita aos Presidentes de Câmara Municipal eleitos pelo Partido Socialista”.

Do texto retira-se, como aparente conclusão, a posição oficial do candidato: “com clareza, sou contra a extinção dos actuais concelhos, excepto se a mesma decorrer da vontade próprias das suas populações”, é o que defende logo no primeiro parágrafo. (sublinhado do próprio candidato)

Mas digo aparente conclusão porque, mais à frente, aquela posição é temperada com a necessidade de ouvir os autarcas ou com a ideia de que a reorganização administrativa não pode ser feita a “régua e esquadro”. Ou seja, já um pouco mais flexível do que a posição que abre o texto e que marca decisiva e deliberadamente a sua leitura.

Anoto que o camarada António José Seguro, num documento de campanha dirigido aos eleitos pelo PS, procura colocar-se ao seu lado, com uma posição de princípio contra a extinção dos concelhos, se por outras razões que não “a vontade das populações” (sic); mas anoto que, ao mesmo tempo, porque é um político experimentado e, do meu ponto de vista, responsável, vai moderando a sua posição, ao longo de todo o texto, para não fechar a porta a uma reforma que, sabe ele, é inevitável e não estará – como não pode estar! – apenas à mercê da vontade das populações, como começa por dizer. Vai mal António José Seguro com uma posição que, apresentando-se como clara, é uma tentativa frustrada de agradar a toda a gente.

Ora, o actual momento do país exige firmeza e clareza em reformas essenciais como as que se aproximam, sobretudo do ponto de vista da organização administrativa do Estado. Reformas essenciais, elas próprias, para a salvaguarda futura do Estado Social. E, do meu ponto de vista, quem pretender liderar o Partido Socialista não deve ceder à tentação de, procurando agradar aos seus camaradas em época de eleições internas, comprometer o desenvolvimento do país. António José Seguro começou já a ceder a essa tentação e isso é um mau prenúncio.

O texto pode ser lido aqui http://www.onovociclo.org/2011/07/comunicado-de-imprensa

Paulo Valério

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Eleições autárquicas merecem destaque na moção de Assis

Tema esteve em debate na Tertúlia “Discutindo a Força das Ideias”

Com a moção “A Força das Ideias” em pano de fundo, juntaram-se em Tertúlia no passado Sábado, na sede do PS Coimbra, vários militantes socialistas, com o objectivo de debater o conteúdo daquele documento político e, igualmente, de reflectir sobre os desafios da esquerda democrática, em geral, para os próximos anos.

O aprofundamento da distinção entre direita e esquerda; a análise das eleições primárias como instrumento de legitimação política; a necessidade do reforço de regras e procedimentos nos actos eleitorais internos, privilegiando a transparência e a democraticidade, foram alguns dos assuntos discutidos mas, igualmente, a necessidade de uma resposta europeia à crise que atravessamos ou a reforma administrativa do Estado como uma oportunidade para a própria reorganização do Partido Socialista.

Em foco estiveram, também, as eleições autárquicas e as propostas do camarada Francisco Assis, neste domínio. Muito sublinhada e elogiada foi a proposta de criar uma base programática, no seio do PS, para a governação local, em termos que permitam reforçar a posição do Partido como alternativa política, à esquerda, capaz de gerar uma vitória nas próximas eleições autárquicas e a reconquista da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Com efeito, Francisco Assis defende uma preparação atenta e atempada das próximas eleições autárquicas alicerçada na Associação Nacional dos Autarcas Socialistas tendo em consideração os seguintes aspectos:
  1. Alterações à lei eleitoral Autárquica proporcionando executivos homogéneos e o reforços dos poderes das assembleias municipais;
  2. Formação dos escolhidos;
  3. Criação de um gabinete de apoio Jurídico;
  4. Produção em conjunto com a Fundação Res Pública de um verdadeiro e participado manifesto eleitoral autárquico que sirva de referencia a todos os Candidatos do partido socialista;
  5. Abertura da direcção nacional do partido para a construção de alternativas à esquerda de modo a atingir os objectivos de conquistar a liderança da ANMP e o maior número de freguesias;
  6. Realização no segundo semestre de 2012 de uma Convenção autárquica;
  7. Selecção de todos os candidatos autárquicos até fim de Janeiro de 2013.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Coerência

Na legislatura que se inicia o Partido Socialista será o maior partido da oposição. Importa saber assumir esta posição com responsabilidade e dignidade. Mesmo com os constrangimentos inerentes ao acordo com as instituições internacionais que Portugal deverá honrar, a apresentação de alternativas, o permanente acompanhamento e fiscalização da atividade governativa deverá motivar os deputados do PS, valorizando a democracia com o exercício duma oposição credível, consequente e responsável.

O quadro político atual permite ao PS realizar com serenidade um caminho de renovação, reflexão e reorganização. Preocupa-me o afastamento de muitos cidadãos da política e do seu exercício consubstanciado pelo direito de voto. A nova liderança do partido terá de assumir uma nova relação com os seus militantes, recuperar a atratividade que um partido de esquerda moderna deverá constituir para as novas gerações. Acredito na generosidade, na capacidade, no empenho da juventude na construção dum Portugal vencedor e de futuro.

A todos os militantes do PS coloca-se o dever de escolher o futuro líder. Quer Francisco Assis, quer António José Seguro têm um passado que fala por si.

Ponderados os perfis e as propostas e em coerência com o que sempre pensei, optei por Francisco Assis. Recordo-me da sua presença num momento conturbado em Felgueiras, da sua lealdade para com o PS nos recentes tempos conturbados de governação, identifico-me com a sua frontalidade, com a sua combatividade, com a sua permanente disponibilidade, com a sua vontade de, assumindo todo o nosso passado, construir a ponte para um novo futuro. Reconheço-me na sua visão para a organização interna, na sua procura dum diálogo aberto com todos no quadro dum reforço das estruturas intermédias, na sua recusa de qualquer forma de tráfico de influências, na sua proposta para o exercício duma oposição construtiva e na sua escolha do percurso a observar para a criação duma alternativa política a médio prazo.

Estamos a cerca de dois anos das eleições autárquicas que representarão o primeiro e importante teste aos partidos políticos na atual relação de forças. Criar um quadro de referência às candidaturas, sem prejuízo das especificidades de cada autarquia, representa um progresso que considero fundamental.

Que os nossos adversários não se iludam. Independentemente de quem for escolhido para Secretário-Geral, estaremos unidos nas causas, valores e princípios que constituem o acervo do nosso PS.

terça-feira, 28 de junho de 2011

GANHAR O FUTURO

Face à enorme incerteza que nos rodeia a política passou a assumir uma dimensão muito mais modesta do que aquela a que estávamos habituados. Os tempos de enorme contingência que vivemos trouxeram-nos uma grande insegurança, levando-nos a duvidar da possibilidade de tomar boas e racionais decisões.

Por outro lado vivemos órfãos de grandes líderes, a quem seguíamos sem reservas, e passámos a dispor de uma maior capacidade de intervenção política e pública, potenciada por mais conhecimento, mais informação e por uma rede de contactos imediatos, o que nos permite questionar e por em crise qualquer verdade insofismável que nos apresentem.

Neste contexto temos de encontrar um novo tipo de líder. Um líder com uma superior argúcia, uma enorme capacidade de leitura global da realidade, de adaptação perante as situações e de formulação de respostas consentâneas com um quadro referencial de valores e de princípios de âmbito colectivo, que tende a evoluir de forma vertiginosa.

Temos, por outro lado de considerar o contexto do exercício da sua liderança e ter em conta as competências e capacidades mais adequadas á defesa e enriquecimento de um projecto político que tenha em conta o momento de enorme complexidade e turbulência que existe e que, tudo indica, vai ser regra doravante.

Para mais a esquerda atravessa um momento de grande nostalgia, de pessimismo e de descrença que é preciso vencer e, por isso, não pode perder tempo num arcaico politicamente correcto que não tem a ver com o presente e muito menos com o futuro.

Por tudo isto procuram-se, cada vez mais, líderes capazes de sobreviver em sociedades extremamente complexas e imprevisíveis e, à esquerda, líderes que recuperem a esperança e sejam capazes de transformar a política revertendo a ideia de fatalidade que atacou a esquerda e a tem levado a fazer a política da direita.

Estrutural e organicamente os partidos estão obrigados a mudar: A realidade vai impor-se-lhes, sem qualquer dúvida, pelo que, no essencial, precisam, isso sim, de encontrar os tais líderes que tenham ideias, tragam caminhos de esperança, palavras de confiança e o vento mobilizador que arrasta.

Por mim, numa reflexão, tão atenta e informada quanto possível, e neste quadro de entendimento, e porque o PS precisa de voltar a sentir-se confortável com a ideia de progresso e de futuro, fui ganhando a convicção de que Francisco Assis é a melhor solução para liderar o PS e, por isso, tem o meu apoio.

João Silva
(Militante do PS)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ESCOLHI A FORÇA DAS IDEIAS

1. Neste processo de escolha do próximo Secretário-Geral do PS, apoio Francisco de Assis. Esta opção não resulta de uma decisão súbita. Implicou alguma ponderação e alguma reflexão. Uma das causas dessa minha primeira hesitação está no facto de, no meu espírito, a imagem que tinha de qualquer dos candidatos ser uma imagem positiva. É, aliás, por isso que tenho a convicção de que, seja quem for o vencedor, não teremos pela frente uma liderança desastrosa. E isso é uma circunstância feliz que não devemos menosprezar. Por isso, aquilo que vou escrever a seguir não deve ser divorciado do que acabo de dizer. Qualquer comentário crítico não deve ser tomado como menosprezo ou agressão, mas apenas como o exercício de uma crítica, nesta circunstância, indipensável.

2. O acerto da minha escolha tem vindo a ser confirmado pelo próprio evoluir da campanha. As razões estruturais da minha opção têm vindo a acentuar-se. António José Seguro move-se no tabuleiro clássico da política, um espaço unidimensional onde a linearidade é a regra. Francisco de Assis não menospreza o terreno clássico, mas valoriza a complexidade do real. Valorização que implica uma pluridimensionalidade que obriga a ter simultaneamente em conta vários planos da realidade socio-política. Pluridimensionalidade necessária para se poder compreender a causalidade múltipla, através da qual interagem entre si os vários planos da vida social.

Ora, os vários problemas que afligem hoje Portugal, a Europa e o mundo são complexos, e a sua natureza está permanentemente a ser ocultada por um simplismo redutor que pretende esconder essa sua verdadeira natureza, para tornar assim mais difícil a sua resolução; já que torna assim mais fácil a conservação da sociedade injusta em que vivemos. Paralelamente, os problemas que o PS enfrenta enquanto partido também são complexos, não só porque espelham a nossa sociedade, mas também por força de questões radicadas no PS em si próprio.

E é mais provável que quem pensa a realidade como conjunto complexo e pluridimensional tenha êxito nas iniciativas que lidere, do que quem olha para a política nos termos clássicos, como se ela fosse um tabuleiro único , no âmbito do qual tudo se joga. De facto, os primeiros agem sobre a realidade, os segundos sobre uma simplificação redutora da realidade que verdadeiramente não existe.

3. Os programas dos candidatos merecem ser discutidos, mas não consubstanciam por si sós o sentido de cada uma das candidaturas. Não o vou fazer agora, dado que não os li ainda com a atenção suficiente, para os poder comparar criticamente. Ambos traduzem certamente um esforço para chegarem a um alto patamar de qualidade, procurando aliciar os potenciais votantes, surpreendendo-os sem os chocar, dizendo-lhes tanto quanto possível o que eles querem ouvir, sem que deixem de ser estimulados por uma ou outra proposta potencialmente emblemática.

Mas, por vezes, o sentido mais fundo de uma proposta política revela-se com muito mais clareza através de uma leitura sintomática de pormenores aparentemente irrelevantes do que navegando-se apenas na superfície dos discursos. Seguro, por exemplo, fala-nos de um novo ciclo. Mas o que é um novo ciclo ? Um bordão jornalístico para abrir telejornais? Um carimbo simples mediaticamente eficaz na sugestão de que algo de radicalmente diferente aí vem?

Seja como for, não deixa de ser um conceito neutro, a sugestão de uma novidade difusa de contornos fluidos. E, principalmente, é um conceito que está a ser usado para designar a conjuntura saída das eleições em que o PS perdeu. Assim, pode perguntar-se : a sugestão de um novo ciclo para o PS assume-se como algo integrado no novo ciclo político geral, ou pretende-se como algo de absolutamente distinto apenas inserido na vida do partido? Ou será que, subrepticiamente, se pretende assim sugerir uma demarcação completa quanto ao que foi o PS até agora, dando a entender que se assume uma ruptura total com o período anterior, quanto ao qual se deixa pairar a ideia de que a responsabilidade por tudo o que possa ter havido nele de negativo foi de outros.

Não acredito que esta última hipótese seja a verdadeira. De facto, sei bem quantos e quem foram os que no último Congresso, de um ou de outro modo, se demarcaram expressamente da liderança então plebiscitada, ou não apoiando nenhum candidato, como foi o meu caso expressamente afirmado no Congresso, ou apoiando um dos candidatos vencidos. Ora, o certo é que nesse pequeno grupo, lealmente crítico, não estava nem Seguro, nem a esmagadora maioria dos seus apoiantes mais mediáticos ou mais conhecidos. E assim não faria sentido que tantos e tão responsáveis dirigentes socialistas tivessem aderido a uma tal maneira de encarar a ideia de um novo ciclo. Maneira essa que seria afinal uma severa e profunda autocrítica relativamente ao que pensavam há poucos meses atrás.

Em contrapartida, Assis valoriza a força das ideias, transmitindo à sua candidatura essa tonalidade aberta e qualificante de confiar nas ideias como princípio activo da transformação do PS e da sua qualificação, para vir de novo a desempenhar um papel de liderança institucional no nosso país. É uma mensagem, em si própria, incompatível com qualquer encasulamento do partido. Mas é também uma garantia estrutural contra qualquer privilégio das ideias de alguns socialistas que fossem tidas como as únicas aceitáveis, em detrimento de todas as outras que houvesse a tentação de considerar inaceitáveis. A força das ideias só pode ser a garantia de um debate livre, aberto e sistemático. Pensar o passado sem anátemas e pensar o futuro sem receios.

Aliás, aparentemente, há já uma virtuosa sinergia entre as moções das duas candidaturas, uma vez que, decerto tocada pela "força das ideias" da outra moção, a moção que aspira a ser um "novo ciclo" incorpora, como um dos seus objectivos mais mediáticos, a criação de um laboratório de ideias.

4. Também me parece muito relevante que Francisco de Assis tenha resolvido lançar na campanha o tema das eleições primárias, como método para serem escolhidos os candidatos do PS, a todas as eleições institucionalmente relevantes para o Estado democrático. Na verdade, chega assim à ribalta, julgo eu que irreversivelmente, uma questão que há anos vinha amadurecendo, lenta e discretamente, dentro do partido. Desde que em 2002 essa proposta foi pela primeira vez veiculada, explicita e claramente, dentro do PS, que em vários outros países foram adoptados caminhos desse tipo. Hoje, é óbvio que não estamos perante um fenómeno exclusivamente norte-americano, sendo assinalável a diversidade de modelos já experimentada.

Deve, no entanto, sublinhar-se que, para além do imperativo de se alargar a muitos outros campos a renovação do PS, é imprescindível fazer acompanhar a instituição das primárias de dois outros tipos de medidas. Em primeiro lugar, reformar profundamente o modo como decorrem os actos eleitorais dentro do PS, melhorando-se drasticamente a sua democraticidade e a sua transparência. Em segundo lugar, tomar medidas efectivas de prevenção contra qualquer risco de, em qualquer nível da hierarquia partidária, poder ser objectivamente possível qualquer promiscuidade entre a política e os negócios. Na verdade, sem uma radical mudança nestes dois planos, seria uma aventura enveredar pela via das primárias, que se podiam transformar numa verdadeira armadilha. Mas, pergunto eu: Há alguma razão para se ser complacente com quaisquer fraudes dentro das eleições internas no PS ? Há alguma razão para que não se combata sem tergiversações qualquer promiscuidade entre política e negócios dentro do PS ?

É pois bem claro que a questão das primárias não é um artefacto circunstancial para dar cor ao debate. É um ponto crucial da renovação do PS e um factor de enorme importância para o reforço da sua credibilidade. Não estamos assim perante uma razão menor para que se apoie Assis, estando eu até convencido que se Seguro não acabar por concordar sem tergiversações com a necessidade de se enveredar por esse caminho, poderá perder apoios que até agora têm sido atribuídos.

5. Uma breve observação final que transcende as duas candidaturas. Daquilo que até agora me foi dado observar no decurso da campanha, para além do habitual jogo de nomes que apoiam A e B, tenho visto emergir, entre muitos militantes de base que apoiam uma e outra candidatura, um espírito crítico, quanto ao modo como tem funcionado o partido nalguns aspectos, bem como uma vontade firme de mudança que são um bom sinal quanto ao futuro do PS.

Rui Namorado
Texto originalmente publicado em http://ograndezoo.blogspot.com

domingo, 26 de junho de 2011

Arganil discutiu "A Força das Ideias"


Decorreu em Arganil uma Sessão da Candidatura de Francisco Assis a Secretário-Geral do PS, a qual contou com a presença de mais de 3 dezenas de militantes, tendo sido analisadas várias das propostas apresentadas na Moção de Estratégia “A Força das Ideias”, de que Assis é primeiro subscritor.

Intervieram neste Encontro de Militantes os Camaradas Miguel Ventura (Vereador do PS na C.M. Arganil), João Pedro Pimentel (Líder da Bancada do PS na Assembleia Municipal de Arganil), Carlos Maia Teixeira (Presidente da C.P.C. Arganil) e Paulo Campos (Membro da Comissão Política Nacional do PS) que partilharam os motivos pelos quais apoiam Francisco Assis.

Foi destacado o sentido de solidariedade para com o Governo do PS, enquanto liderou a bancada do PS na Assembleia da Republica, demonstrando forte combatividade e determinação na defesa das políticas que melhor serviam ao País, para mais num período difícil que exigia uma grande coesão de todos os Socialistas.

O percurso político de Francisco Assis dá garantias de que sabe estar à altura dos enormes desafios que esperam o PS e o País nos próximos tempos, estando disponível para protagonizar uma oposição responsável e construtiva, mas atenta aos ataques que o Governo de Direita poderá fazer ao Estado Social e aos portugueses que se encontram mais vulneráveis, não esquecendo o passado do PS que deve orgulhar os Socialistas.

Tendo como prioridade a preparação das Autárquicas 2013, foi discutida a possibilidade das decorrerem sob nova legislação que implicará a formação de Executivos maioritários e o reforço da função fiscalizadora das Assembleias Municipais. Este é também um desafio para todos os dirigentes locais que terão a responsabilidade de preparar esta acto eleitoral.

A necessidade de lançar o debate sobre a reorganização administrativa do país, nomeadamente a redução do número de freguesias e municípios, deve ser outras das prioridades do PS num futuro próximo, devendo ser envolvidas todas as estruturas do Partido a começar pelas Secções de Residência que são as que mais próximo se encontram dos militantes e das populações.

Outro tema em destaque nesta Sessão foi a proposta de introdução das eleições primárias na escolha dos candidatos do Partido, tendo Paulo Campos defendido que será uma interessante medida de abertura do PS à Sociedade Civil, como forma de enraizar e disseminar os ideais socialistas, aproximando eleitos e eleitores, credibilizando a acção principal dos partidos políticos que deve ser a de transformar, para melhor, as actuais Sociedades.

A terminar este Encontro decorreu um interessante debate entre os vários participantes que partilharam a sua visão do que deve ser o PS, porque é da diversidade de opiniões que nasce a força do PS, concluindo-se que deve existir um forte apoio ao próximo Secretário-Geral, independentemente de quem venha a ser o vencedor destas eleições.

Os Socialistas de Arganil demonstraram, uma vez mais, que estão interessados em participar activamente neste processo de mudança do PS, alicerçada na sua história mas com os olhos postos no futuro do Partido e do País, sendo, na opinião da maioria dos presentes, Francisco Assis quem está em melhores condições de protagonizar esta mudança.

sábado, 25 de junho de 2011

Porque apoio Francisco Assis



O meu apoio a Francisco Assis fundamenta-se em 4 razões:

- Mais e Melhor Democracia Interna: A Candidatura de Francisco Assis afastou a hipótese quase certa de haver uma só candidatura a Secretário-Geral do PS, que vinha sendo preparada/calculada há vários anos. Por isso a sua candidatura veio dar garantias de mais pluralismo, de mais debate interno, isto é, de mais e melhor democracia interna;

- Mais Solidariedade: A solidariedade é um pilar fundamental dos partidos de esquerda e em particular do PS. Temos pois a obrigação de ser solidários com aqueles que estiveram, em nome de TODOS, na frente do combate com determinação e firmeza, contra uma aliança contranatura de esquerda e de direita em momentos particularmente difíceis. A solidariedade deve premiar aqueles que foram solidários nos momentos mais difíceis, e não aqueles que umas vezes estavam presentes/ausentes, outras vezes espreitavam a derrota esperada;

- Mais Firmeza e Convicção: Francisco Assis demonstrou uma capacidade notável de combate na primeira fila do Grupo Parlamentar. São conhecidas as suas características de firmeza e convicção na defesa das suas ideias e projectos. Dos dois candidatos, Francisco Assis é o que reúne melhores condições pessoais e políticas para responder com firmeza aos desafios que se aproximam;

- Finalmente apoio Francisco Assis porque é portador de Novos e Ambiciosos desafios para o PS e para Portugal, bem sintetizados na Moção: A FORÇA DAS IDEIAS.


João Rui Gaspar de Almeida
Mandatário para a Federação de Coimbra

A Força das Ideias - Sessão em Arganil

Carlos Teixeira (Presidente da Concelhia de Arganil), Miguel Ventura, João Pedro Pimentel e Paulo Campos apresentam a candidatura de Francisco Assis Domingo, 26 de Junho, pelas 17h30, no Hotel de Arganil.


(Clique na imagem para ler)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Francisco Assis recebido em Coimbra, com casa cheia


Após o Hotel Sheraton, no Porto, Francisco Assis esteve no Hotel D.Luís, em Coimbra, nno passado dia 18 de Junho, para apresentar aos socialistas do distrito as linhas de orientação política da candidatura. Mais de uma centena de militantes, numa sala que superou largamente as expectativas da organização, esteve presente para ouvir as propostas do candidato.

"Francisco Assis é o melhor candidato a Secretário-Geral do Partido Socialista"
A primeira intervenção da noite ficou a cabo de Paulo Valério, director de campanha para o distrito de Coimbra, que numa curta intervenção afirmou que, olhando para o trajecto político de cada um dos candidatos,"Francisco Assis é o melhor candidato a Secretário-Geral do Partido Socialista". De acordo com Paulo Valério, o próximo líder do PS deve ser capaz de promover uma reflexão consistente sobre o futuro da esquerda democrática, fazer uma oposição altamente qualificada e, embora com sentido crítico, estar disponível para defender o legado de uma governação socialista que, referiu o director de campanha, deve ser motivo de orgulho, face às iminentes investidas da direita ultra-liberal em Portugal.

"As inovações liberais não são inovações. São recuos civilizacionais."

Com baterias apontadas ao projecto da direita, Francisco Assis partiu para a apresentação das linhas gerais da sua candidatura. “Como nos posicionamos em relação ao passado? Assumimo-lo por inteiro. Mas isso não invalida que percebamos, em cada momento, o que é possível e o que é necessário mudar”, com um repto a um debate profundo que tire proveito do actual contexto político do país. "O mundo mudou, a Europa mudou, o país mudou e o PS deve reflectir sobre essas mudanças", auscultando a sociedade, promovendo uma refundação programática que vá ao encontro dos anseios dos portugueses, num projecto de esperança à altura dos desafios do futuro.
"As inovações liberais não são inovações. São recuos civilizacionais", afirmou, convicto de que o crescimento da economia não se pode fazer à "custa do factor "trabalho" mas através da melhoria das nossas qualificações", através da implementação de políticas de qualidade na educação, na investigação científica e na tecnologia. Para Assis, "Nós não podemos permitir que, em nome da consolidação orçamental, sejam postas em causa políticas públicas extremamente necessárias ao desenvolvimento do país".

"Uma candidatura do PS é sempre uma candidatura de esquerda."

Uma das linhas de força da candidatura, segundo Assis, irá ser uma aposta forte e coerente no combate autárquico de 2013, admitindo a possibilidade de coligações à esquerda - um desafio que será lançado aos partidos à esquerda caso seja eleito Secretário-Geral do Partido Socialista. Uma candidatura do PS "é sempre uma candidatura de esquerda".
No final da intervenção, Assis sublinhou que a sua ambição, nesta candidatura, é de mudança. "A minha ambição não é derrotar o camarada e amigo António José Seguro. A minha ambição é mudar o PS para que suscitemos a adesão dos portugueses em torno do nosso projecto de governação."

Na sessão, que terminou já para além da meia-noite, estiveram também presentes Paulo Campos e João Rui de Almeida (Mandatário Distrital da Candidatura), assim como António Arnaut, Rui Namorado, Fernanda Campos, Campos Coroa, José Maria Ferreira Nunes, Carlos Pinto, Miguel Ventura (Arganil) , Pedro Dias (Presidente da JS/Cantanhede), Rodrigo Maia, Fernanda Campos, João Rosendo, Margarida Ramos de Carvalho, Carlos Beja, Américo Figueiredo, Rosa Reis Marques, Luís Santarino, Pereira da Silva, Rosa Ribeiro, Canelas de Castro, Adelaide Filipe, José Nuno Paiva de Carvalho, Nuno Cunha, Carlos Veiga, Jorge Fernandes, José Simões, entre outros.