quarta-feira, 29 de junho de 2011

Coerência

Na legislatura que se inicia o Partido Socialista será o maior partido da oposição. Importa saber assumir esta posição com responsabilidade e dignidade. Mesmo com os constrangimentos inerentes ao acordo com as instituições internacionais que Portugal deverá honrar, a apresentação de alternativas, o permanente acompanhamento e fiscalização da atividade governativa deverá motivar os deputados do PS, valorizando a democracia com o exercício duma oposição credível, consequente e responsável.

O quadro político atual permite ao PS realizar com serenidade um caminho de renovação, reflexão e reorganização. Preocupa-me o afastamento de muitos cidadãos da política e do seu exercício consubstanciado pelo direito de voto. A nova liderança do partido terá de assumir uma nova relação com os seus militantes, recuperar a atratividade que um partido de esquerda moderna deverá constituir para as novas gerações. Acredito na generosidade, na capacidade, no empenho da juventude na construção dum Portugal vencedor e de futuro.

A todos os militantes do PS coloca-se o dever de escolher o futuro líder. Quer Francisco Assis, quer António José Seguro têm um passado que fala por si.

Ponderados os perfis e as propostas e em coerência com o que sempre pensei, optei por Francisco Assis. Recordo-me da sua presença num momento conturbado em Felgueiras, da sua lealdade para com o PS nos recentes tempos conturbados de governação, identifico-me com a sua frontalidade, com a sua combatividade, com a sua permanente disponibilidade, com a sua vontade de, assumindo todo o nosso passado, construir a ponte para um novo futuro. Reconheço-me na sua visão para a organização interna, na sua procura dum diálogo aberto com todos no quadro dum reforço das estruturas intermédias, na sua recusa de qualquer forma de tráfico de influências, na sua proposta para o exercício duma oposição construtiva e na sua escolha do percurso a observar para a criação duma alternativa política a médio prazo.

Estamos a cerca de dois anos das eleições autárquicas que representarão o primeiro e importante teste aos partidos políticos na atual relação de forças. Criar um quadro de referência às candidaturas, sem prejuízo das especificidades de cada autarquia, representa um progresso que considero fundamental.

Que os nossos adversários não se iludam. Independentemente de quem for escolhido para Secretário-Geral, estaremos unidos nas causas, valores e princípios que constituem o acervo do nosso PS.

terça-feira, 28 de junho de 2011

GANHAR O FUTURO

Face à enorme incerteza que nos rodeia a política passou a assumir uma dimensão muito mais modesta do que aquela a que estávamos habituados. Os tempos de enorme contingência que vivemos trouxeram-nos uma grande insegurança, levando-nos a duvidar da possibilidade de tomar boas e racionais decisões.

Por outro lado vivemos órfãos de grandes líderes, a quem seguíamos sem reservas, e passámos a dispor de uma maior capacidade de intervenção política e pública, potenciada por mais conhecimento, mais informação e por uma rede de contactos imediatos, o que nos permite questionar e por em crise qualquer verdade insofismável que nos apresentem.

Neste contexto temos de encontrar um novo tipo de líder. Um líder com uma superior argúcia, uma enorme capacidade de leitura global da realidade, de adaptação perante as situações e de formulação de respostas consentâneas com um quadro referencial de valores e de princípios de âmbito colectivo, que tende a evoluir de forma vertiginosa.

Temos, por outro lado de considerar o contexto do exercício da sua liderança e ter em conta as competências e capacidades mais adequadas á defesa e enriquecimento de um projecto político que tenha em conta o momento de enorme complexidade e turbulência que existe e que, tudo indica, vai ser regra doravante.

Para mais a esquerda atravessa um momento de grande nostalgia, de pessimismo e de descrença que é preciso vencer e, por isso, não pode perder tempo num arcaico politicamente correcto que não tem a ver com o presente e muito menos com o futuro.

Por tudo isto procuram-se, cada vez mais, líderes capazes de sobreviver em sociedades extremamente complexas e imprevisíveis e, à esquerda, líderes que recuperem a esperança e sejam capazes de transformar a política revertendo a ideia de fatalidade que atacou a esquerda e a tem levado a fazer a política da direita.

Estrutural e organicamente os partidos estão obrigados a mudar: A realidade vai impor-se-lhes, sem qualquer dúvida, pelo que, no essencial, precisam, isso sim, de encontrar os tais líderes que tenham ideias, tragam caminhos de esperança, palavras de confiança e o vento mobilizador que arrasta.

Por mim, numa reflexão, tão atenta e informada quanto possível, e neste quadro de entendimento, e porque o PS precisa de voltar a sentir-se confortável com a ideia de progresso e de futuro, fui ganhando a convicção de que Francisco Assis é a melhor solução para liderar o PS e, por isso, tem o meu apoio.

João Silva
(Militante do PS)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ESCOLHI A FORÇA DAS IDEIAS

1. Neste processo de escolha do próximo Secretário-Geral do PS, apoio Francisco de Assis. Esta opção não resulta de uma decisão súbita. Implicou alguma ponderação e alguma reflexão. Uma das causas dessa minha primeira hesitação está no facto de, no meu espírito, a imagem que tinha de qualquer dos candidatos ser uma imagem positiva. É, aliás, por isso que tenho a convicção de que, seja quem for o vencedor, não teremos pela frente uma liderança desastrosa. E isso é uma circunstância feliz que não devemos menosprezar. Por isso, aquilo que vou escrever a seguir não deve ser divorciado do que acabo de dizer. Qualquer comentário crítico não deve ser tomado como menosprezo ou agressão, mas apenas como o exercício de uma crítica, nesta circunstância, indipensável.

2. O acerto da minha escolha tem vindo a ser confirmado pelo próprio evoluir da campanha. As razões estruturais da minha opção têm vindo a acentuar-se. António José Seguro move-se no tabuleiro clássico da política, um espaço unidimensional onde a linearidade é a regra. Francisco de Assis não menospreza o terreno clássico, mas valoriza a complexidade do real. Valorização que implica uma pluridimensionalidade que obriga a ter simultaneamente em conta vários planos da realidade socio-política. Pluridimensionalidade necessária para se poder compreender a causalidade múltipla, através da qual interagem entre si os vários planos da vida social.

Ora, os vários problemas que afligem hoje Portugal, a Europa e o mundo são complexos, e a sua natureza está permanentemente a ser ocultada por um simplismo redutor que pretende esconder essa sua verdadeira natureza, para tornar assim mais difícil a sua resolução; já que torna assim mais fácil a conservação da sociedade injusta em que vivemos. Paralelamente, os problemas que o PS enfrenta enquanto partido também são complexos, não só porque espelham a nossa sociedade, mas também por força de questões radicadas no PS em si próprio.

E é mais provável que quem pensa a realidade como conjunto complexo e pluridimensional tenha êxito nas iniciativas que lidere, do que quem olha para a política nos termos clássicos, como se ela fosse um tabuleiro único , no âmbito do qual tudo se joga. De facto, os primeiros agem sobre a realidade, os segundos sobre uma simplificação redutora da realidade que verdadeiramente não existe.

3. Os programas dos candidatos merecem ser discutidos, mas não consubstanciam por si sós o sentido de cada uma das candidaturas. Não o vou fazer agora, dado que não os li ainda com a atenção suficiente, para os poder comparar criticamente. Ambos traduzem certamente um esforço para chegarem a um alto patamar de qualidade, procurando aliciar os potenciais votantes, surpreendendo-os sem os chocar, dizendo-lhes tanto quanto possível o que eles querem ouvir, sem que deixem de ser estimulados por uma ou outra proposta potencialmente emblemática.

Mas, por vezes, o sentido mais fundo de uma proposta política revela-se com muito mais clareza através de uma leitura sintomática de pormenores aparentemente irrelevantes do que navegando-se apenas na superfície dos discursos. Seguro, por exemplo, fala-nos de um novo ciclo. Mas o que é um novo ciclo ? Um bordão jornalístico para abrir telejornais? Um carimbo simples mediaticamente eficaz na sugestão de que algo de radicalmente diferente aí vem?

Seja como for, não deixa de ser um conceito neutro, a sugestão de uma novidade difusa de contornos fluidos. E, principalmente, é um conceito que está a ser usado para designar a conjuntura saída das eleições em que o PS perdeu. Assim, pode perguntar-se : a sugestão de um novo ciclo para o PS assume-se como algo integrado no novo ciclo político geral, ou pretende-se como algo de absolutamente distinto apenas inserido na vida do partido? Ou será que, subrepticiamente, se pretende assim sugerir uma demarcação completa quanto ao que foi o PS até agora, dando a entender que se assume uma ruptura total com o período anterior, quanto ao qual se deixa pairar a ideia de que a responsabilidade por tudo o que possa ter havido nele de negativo foi de outros.

Não acredito que esta última hipótese seja a verdadeira. De facto, sei bem quantos e quem foram os que no último Congresso, de um ou de outro modo, se demarcaram expressamente da liderança então plebiscitada, ou não apoiando nenhum candidato, como foi o meu caso expressamente afirmado no Congresso, ou apoiando um dos candidatos vencidos. Ora, o certo é que nesse pequeno grupo, lealmente crítico, não estava nem Seguro, nem a esmagadora maioria dos seus apoiantes mais mediáticos ou mais conhecidos. E assim não faria sentido que tantos e tão responsáveis dirigentes socialistas tivessem aderido a uma tal maneira de encarar a ideia de um novo ciclo. Maneira essa que seria afinal uma severa e profunda autocrítica relativamente ao que pensavam há poucos meses atrás.

Em contrapartida, Assis valoriza a força das ideias, transmitindo à sua candidatura essa tonalidade aberta e qualificante de confiar nas ideias como princípio activo da transformação do PS e da sua qualificação, para vir de novo a desempenhar um papel de liderança institucional no nosso país. É uma mensagem, em si própria, incompatível com qualquer encasulamento do partido. Mas é também uma garantia estrutural contra qualquer privilégio das ideias de alguns socialistas que fossem tidas como as únicas aceitáveis, em detrimento de todas as outras que houvesse a tentação de considerar inaceitáveis. A força das ideias só pode ser a garantia de um debate livre, aberto e sistemático. Pensar o passado sem anátemas e pensar o futuro sem receios.

Aliás, aparentemente, há já uma virtuosa sinergia entre as moções das duas candidaturas, uma vez que, decerto tocada pela "força das ideias" da outra moção, a moção que aspira a ser um "novo ciclo" incorpora, como um dos seus objectivos mais mediáticos, a criação de um laboratório de ideias.

4. Também me parece muito relevante que Francisco de Assis tenha resolvido lançar na campanha o tema das eleições primárias, como método para serem escolhidos os candidatos do PS, a todas as eleições institucionalmente relevantes para o Estado democrático. Na verdade, chega assim à ribalta, julgo eu que irreversivelmente, uma questão que há anos vinha amadurecendo, lenta e discretamente, dentro do partido. Desde que em 2002 essa proposta foi pela primeira vez veiculada, explicita e claramente, dentro do PS, que em vários outros países foram adoptados caminhos desse tipo. Hoje, é óbvio que não estamos perante um fenómeno exclusivamente norte-americano, sendo assinalável a diversidade de modelos já experimentada.

Deve, no entanto, sublinhar-se que, para além do imperativo de se alargar a muitos outros campos a renovação do PS, é imprescindível fazer acompanhar a instituição das primárias de dois outros tipos de medidas. Em primeiro lugar, reformar profundamente o modo como decorrem os actos eleitorais dentro do PS, melhorando-se drasticamente a sua democraticidade e a sua transparência. Em segundo lugar, tomar medidas efectivas de prevenção contra qualquer risco de, em qualquer nível da hierarquia partidária, poder ser objectivamente possível qualquer promiscuidade entre a política e os negócios. Na verdade, sem uma radical mudança nestes dois planos, seria uma aventura enveredar pela via das primárias, que se podiam transformar numa verdadeira armadilha. Mas, pergunto eu: Há alguma razão para se ser complacente com quaisquer fraudes dentro das eleições internas no PS ? Há alguma razão para que não se combata sem tergiversações qualquer promiscuidade entre política e negócios dentro do PS ?

É pois bem claro que a questão das primárias não é um artefacto circunstancial para dar cor ao debate. É um ponto crucial da renovação do PS e um factor de enorme importância para o reforço da sua credibilidade. Não estamos assim perante uma razão menor para que se apoie Assis, estando eu até convencido que se Seguro não acabar por concordar sem tergiversações com a necessidade de se enveredar por esse caminho, poderá perder apoios que até agora têm sido atribuídos.

5. Uma breve observação final que transcende as duas candidaturas. Daquilo que até agora me foi dado observar no decurso da campanha, para além do habitual jogo de nomes que apoiam A e B, tenho visto emergir, entre muitos militantes de base que apoiam uma e outra candidatura, um espírito crítico, quanto ao modo como tem funcionado o partido nalguns aspectos, bem como uma vontade firme de mudança que são um bom sinal quanto ao futuro do PS.

Rui Namorado
Texto originalmente publicado em http://ograndezoo.blogspot.com

domingo, 26 de junho de 2011

Arganil discutiu "A Força das Ideias"


Decorreu em Arganil uma Sessão da Candidatura de Francisco Assis a Secretário-Geral do PS, a qual contou com a presença de mais de 3 dezenas de militantes, tendo sido analisadas várias das propostas apresentadas na Moção de Estratégia “A Força das Ideias”, de que Assis é primeiro subscritor.

Intervieram neste Encontro de Militantes os Camaradas Miguel Ventura (Vereador do PS na C.M. Arganil), João Pedro Pimentel (Líder da Bancada do PS na Assembleia Municipal de Arganil), Carlos Maia Teixeira (Presidente da C.P.C. Arganil) e Paulo Campos (Membro da Comissão Política Nacional do PS) que partilharam os motivos pelos quais apoiam Francisco Assis.

Foi destacado o sentido de solidariedade para com o Governo do PS, enquanto liderou a bancada do PS na Assembleia da Republica, demonstrando forte combatividade e determinação na defesa das políticas que melhor serviam ao País, para mais num período difícil que exigia uma grande coesão de todos os Socialistas.

O percurso político de Francisco Assis dá garantias de que sabe estar à altura dos enormes desafios que esperam o PS e o País nos próximos tempos, estando disponível para protagonizar uma oposição responsável e construtiva, mas atenta aos ataques que o Governo de Direita poderá fazer ao Estado Social e aos portugueses que se encontram mais vulneráveis, não esquecendo o passado do PS que deve orgulhar os Socialistas.

Tendo como prioridade a preparação das Autárquicas 2013, foi discutida a possibilidade das decorrerem sob nova legislação que implicará a formação de Executivos maioritários e o reforço da função fiscalizadora das Assembleias Municipais. Este é também um desafio para todos os dirigentes locais que terão a responsabilidade de preparar esta acto eleitoral.

A necessidade de lançar o debate sobre a reorganização administrativa do país, nomeadamente a redução do número de freguesias e municípios, deve ser outras das prioridades do PS num futuro próximo, devendo ser envolvidas todas as estruturas do Partido a começar pelas Secções de Residência que são as que mais próximo se encontram dos militantes e das populações.

Outro tema em destaque nesta Sessão foi a proposta de introdução das eleições primárias na escolha dos candidatos do Partido, tendo Paulo Campos defendido que será uma interessante medida de abertura do PS à Sociedade Civil, como forma de enraizar e disseminar os ideais socialistas, aproximando eleitos e eleitores, credibilizando a acção principal dos partidos políticos que deve ser a de transformar, para melhor, as actuais Sociedades.

A terminar este Encontro decorreu um interessante debate entre os vários participantes que partilharam a sua visão do que deve ser o PS, porque é da diversidade de opiniões que nasce a força do PS, concluindo-se que deve existir um forte apoio ao próximo Secretário-Geral, independentemente de quem venha a ser o vencedor destas eleições.

Os Socialistas de Arganil demonstraram, uma vez mais, que estão interessados em participar activamente neste processo de mudança do PS, alicerçada na sua história mas com os olhos postos no futuro do Partido e do País, sendo, na opinião da maioria dos presentes, Francisco Assis quem está em melhores condições de protagonizar esta mudança.

sábado, 25 de junho de 2011

Porque apoio Francisco Assis



O meu apoio a Francisco Assis fundamenta-se em 4 razões:

- Mais e Melhor Democracia Interna: A Candidatura de Francisco Assis afastou a hipótese quase certa de haver uma só candidatura a Secretário-Geral do PS, que vinha sendo preparada/calculada há vários anos. Por isso a sua candidatura veio dar garantias de mais pluralismo, de mais debate interno, isto é, de mais e melhor democracia interna;

- Mais Solidariedade: A solidariedade é um pilar fundamental dos partidos de esquerda e em particular do PS. Temos pois a obrigação de ser solidários com aqueles que estiveram, em nome de TODOS, na frente do combate com determinação e firmeza, contra uma aliança contranatura de esquerda e de direita em momentos particularmente difíceis. A solidariedade deve premiar aqueles que foram solidários nos momentos mais difíceis, e não aqueles que umas vezes estavam presentes/ausentes, outras vezes espreitavam a derrota esperada;

- Mais Firmeza e Convicção: Francisco Assis demonstrou uma capacidade notável de combate na primeira fila do Grupo Parlamentar. São conhecidas as suas características de firmeza e convicção na defesa das suas ideias e projectos. Dos dois candidatos, Francisco Assis é o que reúne melhores condições pessoais e políticas para responder com firmeza aos desafios que se aproximam;

- Finalmente apoio Francisco Assis porque é portador de Novos e Ambiciosos desafios para o PS e para Portugal, bem sintetizados na Moção: A FORÇA DAS IDEIAS.


João Rui Gaspar de Almeida
Mandatário para a Federação de Coimbra

A Força das Ideias - Sessão em Arganil

Carlos Teixeira (Presidente da Concelhia de Arganil), Miguel Ventura, João Pedro Pimentel e Paulo Campos apresentam a candidatura de Francisco Assis Domingo, 26 de Junho, pelas 17h30, no Hotel de Arganil.


(Clique na imagem para ler)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Francisco Assis recebido em Coimbra, com casa cheia


Após o Hotel Sheraton, no Porto, Francisco Assis esteve no Hotel D.Luís, em Coimbra, nno passado dia 18 de Junho, para apresentar aos socialistas do distrito as linhas de orientação política da candidatura. Mais de uma centena de militantes, numa sala que superou largamente as expectativas da organização, esteve presente para ouvir as propostas do candidato.

"Francisco Assis é o melhor candidato a Secretário-Geral do Partido Socialista"
A primeira intervenção da noite ficou a cabo de Paulo Valério, director de campanha para o distrito de Coimbra, que numa curta intervenção afirmou que, olhando para o trajecto político de cada um dos candidatos,"Francisco Assis é o melhor candidato a Secretário-Geral do Partido Socialista". De acordo com Paulo Valério, o próximo líder do PS deve ser capaz de promover uma reflexão consistente sobre o futuro da esquerda democrática, fazer uma oposição altamente qualificada e, embora com sentido crítico, estar disponível para defender o legado de uma governação socialista que, referiu o director de campanha, deve ser motivo de orgulho, face às iminentes investidas da direita ultra-liberal em Portugal.

"As inovações liberais não são inovações. São recuos civilizacionais."

Com baterias apontadas ao projecto da direita, Francisco Assis partiu para a apresentação das linhas gerais da sua candidatura. “Como nos posicionamos em relação ao passado? Assumimo-lo por inteiro. Mas isso não invalida que percebamos, em cada momento, o que é possível e o que é necessário mudar”, com um repto a um debate profundo que tire proveito do actual contexto político do país. "O mundo mudou, a Europa mudou, o país mudou e o PS deve reflectir sobre essas mudanças", auscultando a sociedade, promovendo uma refundação programática que vá ao encontro dos anseios dos portugueses, num projecto de esperança à altura dos desafios do futuro.
"As inovações liberais não são inovações. São recuos civilizacionais", afirmou, convicto de que o crescimento da economia não se pode fazer à "custa do factor "trabalho" mas através da melhoria das nossas qualificações", através da implementação de políticas de qualidade na educação, na investigação científica e na tecnologia. Para Assis, "Nós não podemos permitir que, em nome da consolidação orçamental, sejam postas em causa políticas públicas extremamente necessárias ao desenvolvimento do país".

"Uma candidatura do PS é sempre uma candidatura de esquerda."

Uma das linhas de força da candidatura, segundo Assis, irá ser uma aposta forte e coerente no combate autárquico de 2013, admitindo a possibilidade de coligações à esquerda - um desafio que será lançado aos partidos à esquerda caso seja eleito Secretário-Geral do Partido Socialista. Uma candidatura do PS "é sempre uma candidatura de esquerda".
No final da intervenção, Assis sublinhou que a sua ambição, nesta candidatura, é de mudança. "A minha ambição não é derrotar o camarada e amigo António José Seguro. A minha ambição é mudar o PS para que suscitemos a adesão dos portugueses em torno do nosso projecto de governação."

Na sessão, que terminou já para além da meia-noite, estiveram também presentes Paulo Campos e João Rui de Almeida (Mandatário Distrital da Candidatura), assim como António Arnaut, Rui Namorado, Fernanda Campos, Campos Coroa, José Maria Ferreira Nunes, Carlos Pinto, Miguel Ventura (Arganil) , Pedro Dias (Presidente da JS/Cantanhede), Rodrigo Maia, Fernanda Campos, João Rosendo, Margarida Ramos de Carvalho, Carlos Beja, Américo Figueiredo, Rosa Reis Marques, Luís Santarino, Pereira da Silva, Rosa Ribeiro, Canelas de Castro, Adelaide Filipe, José Nuno Paiva de Carvalho, Nuno Cunha, Carlos Veiga, Jorge Fernandes, José Simões, entre outros.